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sábado, 30 de outubro de 2010

Desisti do Blogspot, agora meu novo blog fica neste outro link:

Phantom System

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Revirando meu quarto, encontrei uma preciosidade:



O jogo da esquerda é comum, é apenas o New Super Mario Bros de DS. Este custa 200 Reais em lojas de jogos no Brasil, e 23 libras (aproximadamente 60 Reais) na game.co.uk. Mas o jogo da direita não é mais comercializado, e poucos donos teriam a coragem de vendê-lo.
Este cartucho, entitulado "Super Irmãos", é o Super Mario Bros. Foi o jogo mais vendido do Phantom System, um console-clone do NES com a minha idade, de 1988. Na época o NES não veio para o Brasil, e a Gradiente aproveitou a chance para lançar a sua cópia oficial. E não apenas a Gradiente. Nesta época, o que mais existia eram clones do NES. Até a CCE tinha um. Abaixo, uma foto do Phantom System:


A semelhança deste controller com o do Mega Drive não é mera coincidência. No mesmo ano em que o Phantom System(8 bits da "Nintendo") saiu no Brasil, o Mega Drive(16 bits da Sega) estava sendo lançado no Japão. Os Brasileiros só puderam se dar conta da cara de pau em 1990, quando este console começou a ser comercializado aqui.

A Sega felizmente não cometeu a mesma burrada da Nintendo, e trouxe pra cá o seu console de 8 bits, Master System, um ano depois do Phantom System, em 1989. O NES só veio em 1993, junto com o Super NES. Ilógico... Se o Gamecube só tivesse sido lançado no Brasil com o Wii, sem dúvida a Nintendo seria a empresa de jogos mais zoada de todos os tempos. Sorte dela que a Internet não era comum no início dos anos 90.

Dragon Quest IV - Chapters of the Chosen

quarta-feira, 7 de abril de 2010






Há bastante tempo eu vinha escutando sobre os jogos da série Dragon Quest, e neste ano finalmente tive a chance de conhecê-la. Antes de falar da minha experiência com a série, vou situar os leitores que não sabem do que eu estou falando.

Dragon Quest possui 10 jogos na série principal, além de vários títulos paralelos. O primeiro da série saiu em maio de 1986 (eu nem tinha nascido...), numa época em que os RPGs com história complexa e contagem de nível eram ainda incomuns. O primeiro da série Zelda, por exemplo, saiu em fevereiro de 1986, poucos meses antes, e o primeiro da série Final Fantasy saiu um ano depois, em dezembro de 1987. Antes de 1986, boa parte dos jogos eram infinitos, e tinham como único objetivo fazer com que o jogador se superasse em somas de pontos: Pacman, Tetris, River Raid, Hero, e até mesmo Donkey Kong; boa parte dos primeiros jogos de console não possuiam história, e nem fim.

Antes de Dragon Quest, alguns RPGs já existiam - Em 1986, a série Ultima já possuia 4 títulos, e havia algumas tentativas de jogos finitos para Atari, mas boa parte era muito fraca quando comparados ao primeiro Dragon Quest ou ao primeiro Final Fantasy. Foi com estas duas séries que o gênero começou a ganhar fama.

O que joguei foi "Dragon Quest IV - Chapters of the Chosen", inicialmente lançado em 1990 para NES, e felizmente, relançado com gráficos decentes para o Nintendo DS em 2007. Por melhor que seja a história de um jogo, acho que eu não seria capaz de pegar a versão original, se esta for para NES. Perdoem-me os amantes deste console.

E para ser sincero, também não recomendo que os donos de Nintendo DS comprem este remake. A versão é jogável, tem músicas orquestradas, cenário 3D à la DS, mas... perto da evolução que os RPGs atingiram hoje, a história não é grande coisa. É pequena, forçada, e cheia de clichês. Excelente para uma época em que RPGs quase não existiam, mas fraquíssima perto do que existe hoje, vinte anos depois. É um remake por respeito à série, e para que os gamers atuais tenham a possibilidade de conhecer o jogo sem ter que enfrentar um NES.

A formulação do jogo é até boa, mas infelizmente a história se perde no caminho. Ele é dividido em 5 capítulos, e em cada um deles, é apresentado um, ou vários personagens, em separado. No quinto capítulo, todos se encontram para enfrentar o grande vilão do jogo (que não posso dizer quem é para não tirar a graça de quem for jogar).

O problema é que, no último capítulo, todos os personagens tratam o protagonista como "herói" , como se fosse algo óbvio. Um dos personagens, ao vê-lo pela primeira vez, diz: "Esta aparência, estas roupas... Você só pode ser o herói que tanto tenho procurado!" (...)

Apenas uma parte deste jogo merece atenção: o terceiro capítulo, que achei mais interessante e de fato original, conta a história de um vendedor de armas chamado Torneko. É a primeira vez que vejo em um RPG, o personagem trabalhando numa loja, do outro lado do balcão. No início ele vive de comissão do que vende no dia, em uma loja de sua cidade, mas aos poucos vai crescendo e ganhando dinheiro. No final do capítulo, ele é o mercador mais rico e bem sucedido do mundo.



De certa forma, o jogo não é um desastre graças à divisão da história em capítulos e ao capítulo do Torneko, e só. O resto é uma grande mistura de clichês e apelações para que tudo dê certo na vida do protagonista. Mas estou falando de Dragon Quest IV, e não da série Dragon Quest. Joguei também "Dragon Quest V: Hand of the Heavenly Bride", também em remake de DS, e a história é excelente. Falo dele outro dia, este sim merece palmas, e um review bem completo.

True Blood

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Amanhã eu tenho uma prova final e não aguento mais estudar, então decidi vir aqui no blog e adiantar a postagem que eu pretendia fazer só no próximo dia 20 \o/

Assisti True Blood neste ano, uma série... de vampiro. Um dos temas mais batidos de todos os tempos (perdendo só pra viagem no tempo, ex: postagem anterior). Naturalmente eu não teria assistido, mas como me recomendaram, disseram que era diferente, etc, etc, resolvi assistir. E agora ela está no meu top list de recomendações.

A série utiliza seres sobrenaturais para transmitir, de modo quase subliminar, uma visão dos preconceitos que existem hoje na sociedade.

True Blood mostra o mundo atualmente, mas com uma diferença: Foi descoberto que vampiros existem. Eles sempre estiveram entre nós, fingindo serem humanos. Durante séculos eles mantiveram mentiras sobre não possuirem reflexo em espelho, não aturarem cheiro de alho e não poderem ficar em ambiente com imagens cristãs, apenas para serem dados de fato como humanos após passar nestes testes.

Reflexos desta revelação começaram a aparecer, logo em seguida. Onde eles vão viver? Eles não se alimentam de sangue humano? Eles são mesmo seres demoníacos? Pessoas começaram a temer os que antes fingiam ser humanos, mas que agora se mostraram vampiros. Quem antes não era temido e vivia no segredo, agora passou a ser um alvo dos humanos. Mudanças em leis, e na sociedade como um todo seriam necessárias urgentemente.

Logo foi inventado um sangue sintético, que seria capaz de substituir completamente o sangue humano. A partir do início da distribuição deste sangue, os vampiros começaram a ser um pouco menos temidos, mas apenas neste ponto.
Suas existências causavam problemas muito mais sérios. Como ficaria a religião, agora que o mundo não possui só humanos? Eles morrem à luz do sol e se alimentam de humanos, então eles são serem do demônio? Qual a reação de fanáticos religiosos quanto a isso? Como conviver com seres assim, sem gerar em torno deles, de modo natural, o preconceito?
Além disso, a índole dos vampiros por natureza é o oposto do que pregam os costumes atuais da sociedade. Estes, mesmo eventualmente, matariam por sangue com naturalidade, apesar do sangue artificial. É comum entre eles o homossexualismo, a prática de orgias e a violência sempre que se sentem ameaçados.
Aos poucos começam a aparecer partidos políticos de vampiros, leis para vampiros, e a tentativa de estabelecer uma igualdade entre humanos e vampiros acaba por gerar mais discórdia, principalmente de religiosos.
Este conflito é tratado de modo bastante inteligente, sem cair em cliches e gafes muito evidentes. A personagem principal da história é uma jovem chamada Sookie Stackhouse, que se apaixona por um vampiro de boa índole. A relação entre eles é vista como absurda, até o vampiro ganhar mais respeito pelas pessoas que os conheciam. Apenas ele, mas não a raça em geral, que se mantém à margem da sociedade, e chega a sofrer até mesmo atentado terrorista na série.

True Blood é baseada na série de livros "The Southern Vampire Mysteries", na qual Sookie Stackhouse também é a personagem principal e vive num mundo de vampiros recém descobertos:
http://en.wikipedia.org/wiki/The_Southern_Vampire_Mysteries

Por enquanto foram transmitidas duas temporadas, e a terceira começará no ano que vêm. Quem quiser baixar, nestes links estão disponíveis as duas primeiras temporadas em formato 'ruim mas vou baixar' (rmvb). Agora que o torrent vai desaparecer aos poucos, a pirataria está sendo toda transferida para blogs e sites de download:
http://baixae.com/download-serie-true-blood-1-temporada-completa/
http://baixae.com/download-serie-true-blood-2-temporada-completa/

Para fechar a postagem, vou colocar o video de abertura da série. Note que é uma mistura de cenas grotescas e detalhes da sociedade atual ainda vistos com alguma porcentagem de tabu: negros, religião fanáticas, prostituição, e também um detalhe ao fim: uma fumante puxando a fumaça de volta.



Estranho como uma série com este nível de complexidade consegue perder lugar para outras séries de vampiros rasas atuais, e ser menos famosa.

Kamen Rider Den-o

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Na primeira postagem deste blog comprometi-me a fazer reviews de séries e filmes que eu viesse a assistir... e hoje vou fazer o meu primeiro. \o/

Mas antes de escrever, preciso explicar algumas coisas.

Foram exibidas duas séries na extinta Rede Manchete, entre 1991 e 1997, chamadas Kamen Rider Black e Kamen Rider Black RX. Os telespectadores destas séries têm hoje entre 20 e 25 anos, e eu me incluo neste grupo :)
Era uma série legal para as crianças: tinha monstros, lutas, personagens coloridos, motos com vida que apareciam no climax da história para salvar o herói... não muito mais do que isso. Mas havia uma certa magia nestas séries... aprendi valores importantes, que me foram transmitidos subliminarmente, e que só notei anos depois. A Disney pré-Shrek e a maioria dos desenhos sempre mostram o personagem "bom" como alguém bonito: princesas, principes, reis em cavalos brancos, cavaleiros leais com armaduras brilhantes... bla bla bla. Mas Kamen Rider não; este era um bicho feio, com roupas escuras, com cara de barata, e com algo que só é visto em Live Actions japoneses, de qualquer época: humanidade. O herói tem crises existênciais, fica triste, depende de amigos, tem família. PERDE. Foi importante para mim assistir, como criança, a uma série na qual o herói era feio, humano, que não vencia sempre e que crescia com cada derrota.

Em 2002 lembrei-me destas pérolas da minha infância e mergulhei na internet. Descobri então que não existiam apenas estes dois Kamen Riders. Black e Black RX eram apenas o décimo primeiro e o décimo segundo riders, de uma franquia de séries que começaram a ser transmitidas na tv japonesa em 1971. Quem tiver boa memória pode tentar lembrar dos últimos episódios de Black RX, nos quais apareceram, do nada, um monte de personagens esquisitos dizendo serem também Kamen Riders. Eram apenas os personagens das séries anteriores... o que não fez sentido no Brasil, mas fez todo no Japão. Estas séries foram transmitidas de 1971 até 1989, terminando exatamente na série Black RX.

O criador, Shotaro Ishinomori, veio a falecer em 1998. No ano 2000 foi criada uma nova série Kamen Rider, em homenagem a Shotaro. Chamava-se Kamen Rider Kuuga. Era uma série totalmente nova, com bons efeitos, história interessante, e que tinha mais uma vez um protagonista feio, lembrando um inseto. A série fez um sucesso absurdo no Japão, e desde então é lançada uma nova série Kamen Rider todos os anos. Vai inclusive sair uma em fevereiro de 2009, Kamen Rider Decade.

Toda esta historinha foi apenas para dizer o seguinte: Assisti ao Kamen Rider de 2007, chamado Den-o, e fiquei muitíssimo satisfeito. Abaixo vai uma foto do herói:



Quando vi este personagem pela primeira vez, confesso que não gostei. Mantive o preconceito até o meio do ano passado, quando encontrei um site com download da série completa, legendada em português. Até então eu não estava indo de acordo com uma das minhas filosofias de vida, falar mal apenas daquilo que conheço... baixei o primeiro episódio e fiquei impressionado! O tema da série não é muito original: viagens no tempo. Mas este problema é tirado de letra, com atores excelentes e personagens carismaticos, engraçados e misteriosos.

Existe um futuro que pode existir, onde vivem criaturas chamadas Imagins. Este futuro não está ligado ao presente, e por isso será extinto se não for ligado à linha do tempo antes da época referente chegar.
Para ligar este futuro à linha do tempo, eles planejam destruir a era atual, o presente em que vivemos. Mas para destruir o presente... é preciso modificar o passado.
O tempo é a lembrança das pessoas, de acordo com a série. Se todas as pessoas do mundo esquecerem de alguém, então este alguém deixa de existir no tempo, e desaparece. Por isso, assim que um Imagin viaja para o presente, eles fazem um contrato com um humano: criam nele uma lembrança. O contrato é simples: O Imagin possui o corpo da vítima, aparecem diante dos olhos e prometem realizar um desejo. Neste momento o Imagin passa a existir. Se ele conseguir de fato realizar o desejo do humano, o contrato é considerado completo, e a criatura pode entrar na linha do tempo da própria pessoa, viajando para o momento mais marcante de sua vida. No passado. Estando no passado... basta destuir o mundo.

E aí entra o herói da história, Kamen Rider Den-o. Existem no mundo algumas pessoas consideradas "pontos únicos". Elas sabem tudo que está acontecendo no presente, não são afetadas por mudanças feitas no passado e podem se lembrar mesmo do que foi apagado, desde que tenham vivenciado o momento. É descoberto o ponto único do presente, Nogami Ryoutarou, um garoto de 19 anos. Ele é descoberto pela tripulação do DenLiner, um trêm capaz de viajar livremente pelo tempo, e convidado a ser um protetor do tempo. Ryoutarou teria que viajar para o passado quando um Imagin atacasse, e matá-lo.

Mas tem um problema... Ryoutarou não sabe lutar! E transformar-se em Den-o não o torna mais forte, apenas protege seu corpo contra ataques e quedas... É aí que entram os personagens mais interessantes da série: Imagins traidores decidem proteger o presente, e para isso... ligam-se a Nogami! São quatro:


Momotaros: Um ser com aparência de capeta, vermelho e com chifres. Quando uma luta é necessária, este possui o corpo de Nogami. Momotaros é esquentado, agitado e brigão;



Urataros: Um Imagin-tartaruga. Ao possuir o corpo de Nogami, torna-o um tarado que dá em cima de todas as garotas que passam pela sua frente.



Kintaros: Um Imagin-urso. Ao possuir Nogami, torna seu corpo mais forte, e aprende artes marciais.



Ryuutaros: Um Imagin dançarino. Nogami torna-se um dançarino, que adora animais e que age como uma criança. Este Imagin causa um pouco de confusão quando se apaixona pela irmã de Nogami...

Existem mais dois imagins traidores que ajudam Den-o na série, mas destes não vou falar, assistam :D

O maior mistério da série é a presença de um mesmo homem, em todas as épocas que serão atacadas por um Imagin. Como se ele já soubesse com antecedência... Ele cobre o rosto com um chapéu, cobre o corpo com um sobretudo, e sempre segura um relógio com a inscrição: "O passado deve nos dar esperança".

Se alguém, quiser baixar os episódios, tem os 30 primeiros no site abaixo:

http://jlyricsbr.50webs.com/denodown1.html
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Alguns videos catados no youtube:

Abertura
Funny Den-o Moments

Natureza em Pó

sexta-feira, 3 de outubro de 2008


Passeando pela internet descobri ao acaso um site bastante interessante, com vários joguinhos feitos em Applets Java. Tenho uma certa aversão a jogos em Java "não-ME", pois a programação não é simples e os jogos costumam ser lentos. Mas fiquei surpreso com o que vi. O que me chamou a atenção em especial foi o joguinho Powder Game. Nele o jogador pode espalhar pela tela vários tipos de pó, representando elementos da natureza, e ver a reação entre eles. Se o pó "água" tocar no pó "metal", lentamente aparece ferrugem. Se uma pequena quantia de pó "nitro" tocar no pó "magma", ocorre uma explosão gigante, fazendo na tela um efeito bastante interessante. O jogo é rápido, e ainda possui uma opção para acelerar as reações: basta clicar na palavra "Speed".
A opção "Fighter" adiciona bonequinhos que ficam lutando, e "Box" adiciona caixas, que em contato com os lutadores, são socadas e chutadas. A opção "Player" põe na tela um bonequinho controlável. Com imaginação (e tempo) é possível fazer várias coisas interessantes, como cachoeiras, florestas, bombas d'agua, reações em cadeia...

Link para o jogo Powder Game:
http://dan-ball.jp/en/javagame/dust/

Locomotiva Selvagem

quinta-feira, 2 de outubro de 2008


Segunda-Feira passada, dia 29 de Setembro. Eu voltava do almoço quando ouvi uma voz idêntica a de Janis Joplin, mas ao vivo, vindo de dentro do anfiteatro Roxinho, na UFRJ. O que seria? Entrei e vi uma banda desconhecida, fazendo cover da maior cantora de todos os tempos, uma versão perfeita da música "Piece of My Heart". Fiquei tão hipnotizado e abobalhado com o som que acabei sentando e esperando pela próxima música. Seguiram-se Led Zeppelin e Deep Purple, em versões perfeitas. A vocalista cantava qualquer coisa do melhor modo possível, baixista e guitarrista tocavam com a mesma naturalidade que respiram, e o baterista era impecável, tendo feito no meio do show um solo bizarro de bateria.
A banda se chamava Locomotiva Selvagem, é de Niterói, e os integrantes tem um futuro brilhante pela frente.

Comunidade no Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=40479220

Perfil no site Pure Volume:
http://www.purevolume.com/locomotivaselvagem